A glândula pineal: interface entre ciência e espiritualidade

Luísa Silva Nangi dos Santos, Lucas Silva Nangi dos Santos, Luciano Silva Nangi dos Santos, Maria Clara Nangi dos Santos e Silva, Diego Rodrigues Naves Barbosa Lacerda

Resumo


A glândula pineal é uma pequena estrutura situada no centro do cérebro cuja função não era totalmente compreendida até meados do século XX. Fisiologicamente, sua importância se dá pela neurotransdução de estímulos luminosos em descargas de seu principal hormônio, a melatonina, desta forma sendo responsável por regular o ritmo circadiano e sazonal do organismo. O propósito desta revisão é discorrer sobre o histórico da glândula pineal desde a Antiguidade, sua correlação com doutrinas e correntes espiritualistas que a correlacionam à alma e sua ativação durante práticas religiosas e espirituais. Estudos foram feitos para determinar o grau de atividade da glândula com relação a práticas religiosas, o que de fato foi demonstrado; todavia, alguns fenômenos envolvendo esse funcionamento ainda não são totalmente compreendidos.

Palavras-chave


glândula pineal; melatonina; espiritualidade

Texto completo:

PDF

Referências


AIRES, M. M. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

AXELROD, J. The Pineal Gland: A Neurochemical Transducer. Science, v. 184, n. 4144, p. 1341-1348, jun. 1974.

BALLARD, J. C.; HUNTZINGER, R. M.; PASTOR, J. M. Psychosis and progressive cognitive decline in an adolescent male with concomitant pineal gland pathology. Archives of Clinical Neuropsychology, v. 10, n. 4, p. 294-295, jul. 1995.

BATISTA, G. M. Deus e a física mecanicista como desafios à questão da liberdade humana em Descartes. 2006. 114 p. Mestrado em Filosofia – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.

CVDEE – Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo. Os centros de força e a glândula pineal. [online] Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2018.

FU, J. et al. Melatonin promotes proliferation and differentiation of neural stem cells subjected to hypoxia in vitro. Journal of Pineal Research, v. 51, n. 1, p. 104-112, aug 2011

HALL, J. E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

HOHL, A.; MANCINI, M.; HALPERN, B. Posicionamento da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia sobre a melatonina, 2016. [online] Disponível em: . Acesso em 18 jul 2018.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

KUMAR, V; ABBAS, A; FAUSTO, N. Robbins e Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010

LERNER, A. B. et al. Isolation of melatonin, the pineal gland factor that lightens melanocytes. Journal of the American Chemical Society, v. 80, n. 10, p. 2587-2587, May 1958.

LIOU, C. et al. Correlation between pineal activation and religious meditation observed by functional magnetic resonance imaging. Nature Proceedings, Nov 2007.

LOKHORST, G. C.; KAITARO, T. Descartes and the pineal gland. The Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2009.

LÓPEZ-MUÑOZ, F.; MARÍN, F.; ÁLAMO, C. El devenir histórico de la glándula pineal: De válvula espiritual a sede del alma. Revista de Neurología, v. 50, n. 1, p. 50-57, 2010.

LUCCHETTI, G. et al. Historical and cultural aspects of the pineal gland: comparison between the theories provided by Spiritism in the 1940s and the current scientific evidence. Neuroendocrinology Letters, v. 34, n. 8, p. 745-755, dec 2013.

MACCHI, M. M.; BRUCE, J. N. Human pineal physiology and functional significance of melatonin. Frontiers in Neuroendocrinology, n. 25, p. 177-195, 2004.

MESSINA, G. et al. Enhancement of the efficacy of cancer chemotherapy by the pineal hormone melatonin and its relation with the psychospiritual status of cancer patients. Journal of Research in Medical Sciences, v. 15, n. 4, p. 225-228, jul 2010.

MOHANDAS, E. Neurobiology of Spirituality. Mens Sana Monographs, v. 6, n. 1, p. 63-80, 2008.

MUELLER, P. S.; PLEVAK, D. J.; RUMMANS, T. A. Religious involvement, spirituality, and Medicine: implications for clinical practice. Mayo Clinic Proceedings, v. 76, n. 12, p. 1225-1235, dec 2001.

REITER, R. J. Melatonin: lowering the high price of free radicals. News in Physiological Science, v. 15, p. 246-250, Oct. 2000.

SILVA, G. R. Mediunidade de incorporação e a glândula pineal. Gazeta do Racionalismo Cristão, jun 2007.

SIQUEIRA, V. L. Razão e fé: estudo do grupo de oração como prática complementar na promoção à saúde. 2007. 95 p. Mestrado em Enfermagem – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007.

SMITH, C. U. M. Descartes’ pineal neuropsychology. Brain and cognition, n. 36, p. 57-72, 1998.

TOOLEY, G. A. et al. Acute increases in night-time plasma melatonin levels following a period of meditation. Biological Psychology, v. 53, n. 1, p. 69-78, may 2000.




Direitos autorais 2019 Revista Saberes Acadêmicos

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.